CIDADES INTELIGENTES

O que são, de fato, as Smart Cities?

Comumente o significado dado ao conceito das Cidades Inteligentes está atrelado a utilização de tecnologias, principalmente da informação e da comunicação – as TIC – para promover uma melhoria na qualidade de vida dos seus habitantes. Apesar de não estar completamente incorreto conceituar as Smart Cities dessa forma, essa concepção deve ser muito mais abrangente, e o foco, outro.

“What is the city but the people?”
– William Shakespeare

smart cities proposito

Antes de mais nada, como em qualquer iniciativa, projeto ou ideia, é preciso que o propósito seja definido. Mais do que uma regra adotada em diferentes metodologias de planejamento, clássicas ou modernas, é uma boa prática muito importante que define o que será feito a seguir, seja no mundo corporativo, acadêmico ou simplesmente quando você acorda pela manhã. “Por que farei o que estou me propondo?” é um bom ponto de partida quando o que vem a seguir é muito complexo e as etapas incertas.

O contexto em que surge o termo “Cidades Inteligentes” nos sugere que atualmente a regra é que cidades sejam classificadas como o oposto disso. Quando segmentamos alguns dos aspectos do dia a dia de uma comunidade, em geral, conseguimos entender o motivo. Parênteses aqui são necessárias: estamos olhando para a regra, não para a exceção. Sabemos que há países, estados e cidades em que a qualidade de vida daqueles que ali vivem são excelentes. Mas são um número muito pequeno quando consideramos a quantidade de países, estados e cidades existentes no mundo.

Olhando para o aspecto da educação, normalmente o debate gira em torno do modelo educacional, do que pode ou não ser abordado em sala de aula. Quanto aos investimentos na área da cultura é comum que sejam mesclados com o turismo, e que meia dúzia de shows de artistas nacionais e internacionais durante três dias de evento bastam.

Já o debate público sobre a mobilidade urbana costuma sugerir que uma nova via com quatro, cinco ou seis pistas seja construída para que mais carros possam chegar mais rápido a mais lugares. Um último exemplo é o da sustentabilidade: separamos os recicláveis dos não-recicláveis e isso basta, não? Para onde vão e no que se transformam?

Em parte, quando se fala sobre as novas Cidades Inteligentes, costuma-se carregar este mesmo tipo de viés. Desenvolvemos novas tecnologias voltadas aos centros urbanos, as aplicamos nestes centros urbanos e agora temos centros urbanos tecnológicos, nos quais continua ser bastante comum lermos a notícia de que crianças ainda possuem um déficit educacional em áreas X ou Y do conhecimento, de que o trânsito continua parado às oito da manhã e às seis da tarde ainda que uma nova super rodovia que consumiu uma super verba pública tenha sido construída, ou que aquele bairro mais afastado do centro da cidade teve muitas casas desabadas depois de muita chuva, deixando muitas pessoas desabrigadas, possivelmente por ter sido construído em cima de um ambiente impróprio ou irregular.

smart cities para pessoas

Recentemente em um grande evento sobre a temática das Smart Cities que ocorreu no Brasil, um dos palestrantes, Gil Penalosa – uma das principais vozes especialistas no tema – reforçou que o foco da construção de Cidades Inteligentes precisa mudar. Enquanto as pessoas não forem o porquê de as cidades serem mais inteligentes, as cidades continuarão sendo um meio bastante ineficiente de se gastar o dinheiro público. 

Como tornar as cidades verdadeiramente inteligentes?

Uma vez ajustado o foco, consegue-se dar mais atenção aos verdadeiros problemas e, olhando para estes, é possível entender que o necessário é que se encontre soluções eficazes, mas que sejam, da mesma forma, eficientes. Podemos traduzir: soluções simples e baratas para problemas simples e que não tenham um grande orçamento. Soluções complexas quando o problema assim exige.os. 

Este é um dos pontos em que o Perini City Lab está alicerçado. Pensamos em cada um dos projetos, sejam desenvolvidos por nós ou por outros importantes atores ao nosso redor, como a entrega de uma solução para um conjunto de pessoas.

O olhar de iniciativas como a nossa ou de instituições e/ou organizações, públicas ou privadas, que tratam da temática das Smart Cities, deve ser bastante crítico e ter sempre a postura de buscar encontrar soluções cada vez mais eficientes para problemas reais. A atenção deverá ser sempre acerca do problema a ser resolvido não em torno da solução, ferramenta, meio ou tecnologia que serão adotados. 

O que é, de fato, uma solução para Cidades Inteligentes?

Para o planejamento e desenvolvimento de uma solução inteligente a ser adotada em cidades, é interessante que se siga alguns princípios norteadores. Não são itens obrigatórios, mas que fornecem solidez e representam a maturidade de uma solução, além de, em alguns casos, permitir que tenham a adesão necessária enquanto negócio.

Um dos princípios diz respeito à eficiência da solução, através da redução de custos desnecessários. Por vezes, é difícil identificá-los como desnecessários, visto que tendemos a enxergá-los como inerentes ao meio convencional de resolver determinado problema. Uma boa prática que nos ajuda a realizar tal identificação, é analisar se certo processo ou característica agrega ou não algum tipo de valor ao produto final.

Outro princípio é quanto a sustentabilidade de uma solução: é importante que sua matéria-prima ou recursos necessários para sua manutenção e crescimento provenham dela mesma ou sejam parte de resíduos de outro processo ou solução, além de que seus resíduos possam ser reutilizados em algum outro processo. Isso assegura que o modelo econômico dessa solução seja sustentável a longo prazo, em que novos recursos não precisem ser extraídos simplesmente para que o processo consiga se manter de pé.

Não menos relevante, a replicabilidade de uma solução é outro fator de extrema importância ao avaliarmos se determinada maneira de resolver algum problema pode ocorrer fora do meio onde ela foi concebida, não carregando um viés ou contexto que podem implicar em sua não-viabilidade até dentro de uma mesma cidade. Estes aspectos podem ser de cunho conceitual ou técnico, qualitativos ou quantitativos, mas que podem determinar a escalabilidade que um determinado produto, serviço ou processo poderá ter. 

01

Eficiência

02

SUSTENTABILIDADE

03

REPLICABILIDADE

De que forma desenvolver ou validar soluções voltadas às Smart Cities?

Uma das principais demandas que envolvem as soluções para Cidades Inteligentes está na realização de testes para validação se estas são pertinentes e aderentes ao escopo das cidades. A dificuldade está principalmente nos aspectos de segurança, exposição e de incertezas quanto às características intrínsecas às soluções.

Neste contexto, surge o Perini City Lab como um fomentador da construção de soluções neste segmento ao servir como um laboratório para o desenvolvimento, testes e validação, além de demonstrações. Atua ainda como um showroom dessas soluções, às exibindo de maneira centralizada para atores verdadeiramente interessados nessas iniciativas.

soluções para pessoas

O Perini City Lab dispõe de uma área totalmente privada, segura e controlada com cerca de 3 milhões de metros quadrados, com mais de 300 mil metros quadrados de área construída e infraestrutura completa, como por exemplo os mais de 15 quilômetros de vias pavimentadas, por onde circulam mais de 10 mil pessoas diariamente.

Está inserido dentro de um parque tecnológico que atualmente possui mais de 100 operações dos mais variados segmentos, no qual também está instalado um campus da Universidade Federal de Santa Catarina. Neste espaço é gerado mais de 20% do PIB da cidade de Joinville e mais de 2% do PIB de Santa Catarina.

Desde sua criação em 2019 já foram validadas ou estão em processo de validação mais de 14 soluções em verticais como governança, infraestrutura, saúde, mobilidade, segurança e sustentabilidade.

FAQ

Dúvidas frequentes

Não. O Perini City Lab pode ajudar a desenvolver sua solução ou tecnologia, conectando você a empresas, entidades e instituições de ensino. 

Não. Qualquer pessoa física ou jurídica pode trazer sua solução ao Perini City Lab, não importa se você é estudante, tem uma startup ou uma empresa já consolidada.

É possível, sim. Você pode entrar em contato conosco e apresentar sua solução, é bastante provável que ela se encaixe dentro de alguma de nossas verticais de atuação.

Com certeza! No Perini City Lab temos diversas parcerias com instituições de ensino públicas e privadas de Santa Catarina e de outros estados do Brasil. Auxiliamos você seja no desenvolvimento de um protótipo ou ainda nos testes e validação da sua solução.

Com certeza! Recebemos quase todos os dias visitantes do Brasil e do exterior. Por isso, é importante que você entre em contato conosco para agendarmos sua visita, assim podemos preparar um café para te receber!

Entre em contato conosco e te passaremos informações detalhadas de como você pode associar sua marca ou empresa ao Perini City Lab, um laboratório de inovações para Smart Cities.

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